Páginas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pensamento e reflexão



Li isto no livro do Paulo Coelho, e acabei que gostando por demais  (risos)Vamos a frase então " Que a morte esteja sempre sentada ao meu lado. Assim, qd eu precisar fazer coisas importantes, ela me dará a força e a coragem necessárias." ótima reflexão a todos 

Sem Pé Nem Cabeça (Momentos)

Recentemente acabo de ler o livro "Ser Como O Rio Que Fluir" (Paulo Coelho), um livro perfeito ao meu ponto de vista, assim como vários outros que andei lendo nesses últimos meses. Mudando um pouco de assunto, como sempre minha cabeça vive em conflito com ela mesma, cheia de perguntas sem respostas, ou com uma  resposta Inaceitável para minha pessoa.
Nada é eterno certo? não sei se isso é o correto a se afirmar, mais certas coisas certamente não são, as flores são uma exemplo vivo disso, elas nascem hoje, daqui a três dias elas já não existem mais, isso acontece com o amor também?
Dizem que ser comer carne vermelha é um crime, por estarmos matando seres vivos para se alimentar, mais há um porém, nunca paro para se perguntar, se o alface e o tomate e etc... não sofrem ao serem arrancados da terra, sou wiccano/umbandista, ao ponto de vista de muitas pessoas que seguem a wicca acha que se alimentar de carne é errado, pregam a preservação da natureza, mais se alimentam dela, quem esta certo?
Nós nos enchemos de noticias sem importância, e nem paramos para pensar, no que realmente se precisa, não é verdade? Somos bombardeados de noticias pelos jornais e rádios o dia todo, acontece muitas coisas em frações de segundos no mundo todo, basta você vê o que realmente te serve, filtra a informação, e o que não vale a pena descarta, simples assim não é?
Quantas pessoas vivem em função de te enche para lhe dizer que religião seguir não é? Por que é tão difícil as pessoas aceitarem, que somos diferentes uma das outras, e que religião se dermos muita importância a religião, e não ao seu Deus, ou Deuses ( por muitas pessoas só querem saber da fé morta, da fé sem obras..)
*Muita gente agora deve estar se perguntando, por que estou misturando tanto assunto assim, mais quem se lembra no começo do texto, estou em conflito comigo mesmo.( Sabe aquela sensação, e vontade de falar algo, mais não sabe exatamente o que? é assim que estou agora na frente do PC)*


Nesses últimos dias também ando fazendo alguns exercícios, que costumo a descrever, como estar entrando em sintonia com o universo.
Por falar em universo, lembrei de uma pequena história que me contaram, e agora vou dividi-la com você.
Alguma pessoa acima do peso, pode estar lendo esse texto agora (confesso que não sou um exemplo de beleza.)
Alias eu e uma amiga bruxesca (assim que a chamo, ou de comadre mesmo). Estávamos um dia discutindo sobre dietas loucas, e as normais, até que ela me conto essa história.
História de Buda (alias uma delas por que já ouvi varias, uma mais variada da outra)
Onde ela dizia, que não devemos nos importar com a gordura extra, por que era o nosso universo, e por incrível que pareça, depois que comecei a pensar melhor nessa história, e desisti das dietas loucas, eu acabei emagrecendo. Entrei em contato com meu universo, depois disso comecei com as meditações mais profundas, de algumas horas até.
E saber que a algum tempo atrás eu achava que não tinha tempo, para fazer essas coisas, achava que jamais conseguiria parar quieto em um lugar, por minutos, por sou muito agitado, gosto de estar sempre fazendo algo, pensando em algo, gosto de ficar com a cabeça ocupada, ai vem o desiquilibrio que acaba com a gente, e nos deixa muito mal...
Bom espero, que tenham gostado, desse meu texto meio sem pé nem cabeça. Um grande abraço, um bater de asas com o vento dos novos tempos ( elaiaaa, *risos*, momento meio Eddie Van Feu)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Despacho mal feito ao meu ponto de vista

Pessoas, queridas pessoas... Que insistem a poluir, exus e pomba-giras gostam de trabalhar em lugares limpos, se for fazer uma oferenda. A entidade não virá comer a oferenda, eles pegam somente a essência ofertada que leva o tempo de 20 minutos, depois você pode retirar as coisas do local.  
* as pessoas que passam pelo local, devem ser respeitadas (faça uma oferenda  bonita, e que não estrague o meio ambiente)

domingo, 22 de maio de 2011

Momentos de lazer

Queridos amigos que lêem meu blog. Vim aqui hoje postar, algo sobre meu final de semana que foi super Fantástico, descobri que conseguia fazer muitas coisas sem precisar de outras coisas, a não ser os amigos, junto a minha pessoa.
Passei uma noite de sábado super tranqüilo sem beber, não por vontade própria e sim porque estava tomando medicamentos, sendo assim não poderia fazer como o de costume chegar em chooperia da minha cidade e simplesmente pedir um choop. 
Foi nessa hora que resolvi tomar um suco de cupuaçu ( nunca havia tomado antes, e para minha surpresa era muito bom). E alguns minutos depois resolvi tomar um suco de laranja, enquanto meus amigos tomavam a cerveja queria e amada por todos que estavam ali na mesa.
Foi um dos finais de semana que voltei mais cedo para a casa (alias para casa do meu amigo, pois passei a noite lá, pois combinamos de fazer um almoço para os amigos mais próximos).
Almoçamos, sentamos do lado de fora da casa, e ficamos batendo papo, foi quando me lembrei do mouse de limão, que eu havia feito, peguei o mouse e comemos, ai veio uma vontade de sair e fazer algo, porque estava muito parado ali, se arrumamos e fomos para a Pedreira (digamos que seja uma das poucas coisas boas que há nessa cidade)
passamos a tarde toda lá, fomos até o barzinho, que há por perto, porque acabamos descobrindo que tinha aquela taubaína em garrafa de vidro (isso pra minha pessoa tinha se tornando tão antigo, a ponto de eu não encontrar em quase nenhum lugar, e eu amo esse refrigerante)
Tomamos para refrescar aquilo que já estava gelado ( porque estava um frio, que não era desse lugar, tenho certeza que ele pego emprestado.*risos*) e fomos embora aproveitando a maravilhosa vista do lugar...
                                        *essa é a Pedreira, lugar mais que fantástico.
                                           

segunda-feira, 2 de maio de 2011

BÁRBARO (poema)


Deixa eu te empalar com meu desejo,
abrir o teu ferrolho para o duro viver!
Ver o puro olho piscar diante do ensejo,
sobejo dos lábios no estoque do poder.

Deixa imolar em gostosura o teu cordeiro,
sacrificar essa inocência, comer-te a tato!
Varar noite adentro no templo, desordeiro,
sobre músculos, tríceps, bípede de quatro!
Em teu aro, arúspice raro: eu!, adentranho,
cúspide,tua entranha adentro...sacer.dote!
Oráculo do futuro, epicureu! Faturo ouro,
minha vítima!, nesse fogo aréu, incêndio
...

O prazer é todo nosso!Tua dor meu delírio,
meu delito teu fulgor! Brilhas! Ferro brasa!
Teu algoz: galgo, gozo!Teu amor,deixa ser!

Deixa que te entre,num doce suplício de lírio
e espada, ser teu homem, meu menino! Casa
nossos corpos, invadidos, em exausto fenecer.



Escrito por:Silvio Torres

O Povo Celta

A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade a reverenciava. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.
A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, entrelaçado com a veneração que os Celtas tinham pelas árvores.
Como uma representação do universo, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra. E o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.
Cultura Hallstatt foi a primeira das várias culturas existentes na Idade do Bronze. As regiões ocidentais desta cultura entre a França e a Alemanha do Este, já falavam a língua Celta. Por volta do ano 600 a.C., o grafólogo Grego Herodotus escreve sobre os Celtas colocando-os para além dos “Pilares de Hércules” (isto é, Espanha) e acima do Danúbio. O nome "Celta" surgiu da tribo dominante dos Halstatt, e tornou-se um conceito unificador para toda a cultura.
Segundo historiadores, a terra de origem dos Celtas era uma região da Áustria, perto do sul da Alemanha. Dali, os Celtas expandiram-se pela maior parte da Europa Continental e Britania. Na sua expansão os Celtas abrangeram áreas que vão desde a Espanha à Turquia.
Tomando posse de quase toda a Europa, os Celtas dividiram esse continente em três partes: a Central (teuts-land, = terra de teut), a Ocidental (hôl-lan ou ghôl-lan, = terra baixa) e a Oriental (pôl-land, = terra alta); tudo o que estava a Norte dessas regiões denominavam de dâhn-mark (o limite das almas), que ía do Rio Don às Colunas de Hércules; aquele Don que os antigos franceses chamavam de Tanais e que era baliza para a ross-land (terra do cavalo = rússia).
Ainda em relação a este assunto, que obviamente liga os povos célticos, está a palavra "ask", de onde a denominação geral "asktan" dada a vários povos (os mais interessados no assunto devem procurar a velha Gramática da Língua D'Oc); ora, entendia-se por Trasks os Asks orientais, por Tosks os Asks meridionais e por Vasks os Asks ocidentais - daí, toscanos, estruscos, vascos...
Os Celtas dominaram a Europa Central e Ocidental por milhares de anos. Mas só mais recentemente os Celtas influenciaram a Europa no seu desenvolvimento, a nível cultural, lingüístico e artístico. Os Celtas com grupo e raça, há muito que desapareceram, exceto na Irlanda e nas Terras Altas da Escócia.
Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, as culturas druídica e celta foram alvos de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito delas embora que na historia de Roma conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas e celtas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.
A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com freqüência as armaduras de batalha, indo para o combate de corpo nu. Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.
Os Celtas transmitiram a sua cultura oralmente, nunca escrevendo a sua história ou os seus fatos. Isto explica a extrema falta de conhecimento quanto aos seus contatos com as civilizações clássicas de Grécia e Roma. Os Celtas eram na generalidade bem instruídos, particularmente no que diz respeito á religião, filosofia, geografia e astronomia.
É possível que, em breve, os modernos instrumentos da Arqueologia possam, também, trazer até nós outros vestígios.
E que influência tiveram os Celtas na Literatura européia que tanta força emprestou ao pré-Cristianismo? As literaturas no gaélico, no galês ou no bretão, exerceram influência através da Poesia Pastorial e dos Romances de Cavalaria (a saga do Rei Arthur e a busca do Santo Graal), das Ciências Herméticas ou Ocultas, da Adivinhação e da Cultura Rúnica, até a formação ideológica das elites em Ordens de Cavalaria e Confrarias (do tipo Rosacruzes e Maçonaria).
Chamo a atenção para o fato de vários estudiosos que põem o kardecismo (de Kardec, antigo poeta esotérico celta) como um sistema filosófico-espiritual do eixo telúrico-cósmico desenvolvido na essência mística dos Celtas; aliás, Kardec (Allan Kardec) é pseudônimo do estudioso francês Léon Rivail (1804-1869) que continuou a doutrina céltica no que à transmigração das almas e dos Espíritos diz respeito.
E, antes dele, já os essênios, os nazarenos e outras seitas judeo-palestinas o haviam feito. Importante ainda é o fato de se poder ligar o desenvolvimento da Música e da Poesia aos cultos da Voluspa: mesmo rudimentar, o Oráculo passou a ser lido/interpretado em voz ritmada e em versos rimados. Foi grande a importância dessa Civilização antiga na formação do ser-português, na Língua Lusa que a saga marítima de 1500 levou ao mundo, legou a africanos e criou o tupi-afro-brasileiro, mesmo que à custa da destruição dos nativos pelo catecismo jesuítico e pelos ferozes salteos e bandeiras...
Os povos Celtas, em cinco grupos, entraram na velha província romana, chamada Lusitânia, pelo Algarve (os cinetes), entre os rios Sado e Tejo (os sempsos), entre a Estremadura e o Cabo Carvoeiro (os sepes), pelo centro (os pernix lucis) e pelo norte (os draganes). Sim, nem a Roma imperial conseguiu vencê-los na Grã-Bretanha. Foi grande a contribuição dos povos Celtas para a Cultura Portuguesa.

Inglaterra, Escócia e Irlanda:
O nome Bretanha deriva do Céltico. O autor Grego Pytheas chamava-lhes as “Ilhas Pretanic” o que tem origem no nome que os habitantes da ilha tinham e se chamavam a eles próprios, Pritani. Isto e muito mais, foi mal traduzido para o latim o que deu Brittania ou Britanni. Os Celtas migraram para a Irlanda vindos da Europa, conquistando assim, os seus habitantes originais.
A Origem Celta ao que se consegue datar até o ano de 1200 AEC situa-se na Europa Central, embora parte da mais numerosa vaga de invasão indo-européia. Durante os 600 anos seguintes, os celtas chegaram a Portugal, Espanha, França, Suíça, Grã-Bretanha e Irlanda, e também tão longe como a Grécia e a Galácia. No continente foram vencidos pelos Romanos, continuando, portanto a manter traços fundamentais da sua cultura, mas nas Ilhas Britânicas a invasão romana parou na Muralha de Adriano, mantendo os Celtas, em especial na Irlanda, toda a sua autonomia e herança cultural. Pois, é na Irlanda e no País de Gales que ainda hoje podemos ir em busca do pensamento e da antiga religião de nossos antepassados Celtas e Druidas.
Muitas das informações que até hoje obtivemos vem de escritores romanos como Estrabão e César, que apesar de não serem fontes isentas nos transmitem algum conhecimento acerca da sociedade céltica.
Os cerimoniais célticos tinham um conteúdo "sagrado" pois neles havia uma comunhão muito grande entre o homem e a natureza. Esse lado sagrado e mais ainda os exercícios de alguns rituais rústicos com os participantes despidos foram motivo de escândalo para os católicos que os viram pela primeira vez. O catolicismo fez todo o empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.
Para a Cultura Celta o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo início de cada um havia uma grande cerimônia:
Imbolc - celebrado em 1 de fevereiro, é associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protetora da mulher e do nascimento das crianças;
Beltane - celebrada em 1 de maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein) Significa "brilho do fogo". Esta cerimônia, muito bonita, é marcada por milhares de fogueiras;
Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus lugh, celebrado em 1 de agosto;
Samhain - a mais importante das cerimônias, celebrada em 1 de novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Hallowen.
Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.
Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma conseqüência, boa ou má, segundo as obras praticadas.
Mesmo sendo livre, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.
A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes.
O catolicismo primitivo, tal como um furacão devastador apagou tudo o que lhe foi possível apagar no que diz respeito aos rituais célticos, catalogando-os de paganismo, de cultos imorais e tendo como objetivo a adoração da força negativa. Na realidade isto não é verdade, os celtas cultuavam a Mãe Natureza e quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram muito bem recebidos, segundo pesquisadores, a tradição céltica relata que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (“Taça usada por Jesus na Última Ceia”).
A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida atualmente como lei do carma.
Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias, reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.
Enquanto em algumas cerimônias célticas os participantes a faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força. Por não usarem roupas em algumas cerimônias e por desenvolverem rituais ligados à fecundidade da natureza, por ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de praticarem rituais libidinosos, quando na realidade tratava-se de rituais sagrados à Deusa Mãe.
Mas, bastaria isto para o catolicismo não aceitar a religião celta, pois como aquela religião descendente do tronco Judaico colocava a mulher como algo inferior, responsabilizando-a pela queda do homem, pela perda do paraíso. Na realidade o lado esotérico da religião hebraica baniu o elemento feminino já desde a própria Trindade. Todas as Trindades das religiões antigas continham um lado feminino, somente não a hebraica.
A Igreja Católica, derivada do hebraísmo ortodoxo, também mostrou ser uma religião essencialmente machista e como tal lhe era intolerável à admissão de uma Deusa Mãe, mesmo que esta simbolizasse a própria natureza, tanto que para Igreja Católica, “seu” Deus é uma figura masculina.
Mesmo que o Catolicismo assumisse uma posição machista isto não foi ensinado e nem praticado por Jesus. Ele na realidade valorizou bem a mulher e, por sinal, existe um belíssimo evangelho apócrifo denominado "O Evangelho da Mulher". Também nos primeiros séculos do Cristianismo a participação feminina era bem intensa. Entre os principais livros do Gnosticismo dos primeiros séculos, conforme consta nos achados arqueológicos da Biblioteca de Nag Hammadi consta o Evangelho de Maria Madalena mostrando que os evangelistas não foram apenas pessoas do sexo masculino.
Na realidade Jesus apareceu primeiro às mulheres, e segundo o que está escrito nos documentos sobre o Cristianismo dos primeiros séculos, via de regra, por cerca de 11 anos depois da crucificação Jesus continuou a ensinar e geralmente fazia isto através da inspiração, algo como mediunidade, e isto acontecia bem mais freqüentemente através das mulheres.
Sabe-se que o papel de subalternidade do lado feminino dentro do Cristianismo foi oficializado a partir do I Concilio de Nicéia no ano 325. Aquele concílio, entre outras intenções visou o banimento da mulher dos atos litúrgicos da igreja. Ela só podia participar numa condição de subserviência. O catolicismo que nasceu da ala ortodoxa do Cristianismo primitivo que continha em seu bojo à influência judaica no que diz respeito à marginalização da mulher no exercício das atividades sacerdotais. Daí a perseguição cultural à figura da Mulher tornada maldita pelo Homem (movimento do qual veio a surgir um novo povo: os Fenícios).
Por isto, e por outros “motivos” católicos, as autoridades católicas não podiam tolerar o celtismo, cuja religião era mais exercida pelas mulheres.
Existiam as sacerdotisas que exerciam um papel mais relevante que a dos sacerdotes e magos. Naturalmente os celtas eram muito apegados à fertilidade, ao crescimento da família e ao aumento da produção dos animais domésticos e dos campos de produção e isto estava ligado diretamente ao lado feminino da natureza.
Também a mulher é mais sensitiva do que o homem no que diz respeito às manifestações do sobrenatural, do lado sagrado da vida, portanto é obvio que elas canalizassem mais facilmente a energia nos cerimoniais, que fossem melhores intermediárias nas cerimônias sagradas.
Assim é que o elemento básico da Wicca não tinha como base primordial o homem e sim na mulher, cabendo àquele a primazia nos assuntos não religiosos.
Eis-nos retornando à essência feminina... Como surgiu a Voluspa? Sabemos que foi através da Mulher que os povos Celtas se organizaram. Algumas mulheres, sentindo em si-mesmas o Espírito dos seus Ancestrais e dos Deuses divulgaram essa Mensagem tornando-se Voluspas. Leitora do Oráculo e seu eco místico, a Mulher tornou-se legisladora e, com isso, poderosa: a voz da Voluspa era a voz Divina que vinha do ventre da Terra e ecoava por todo o sistema cósmico.
Verifica-se que a Cultura céltica adotou, no seu sistema esotérico-religioso, a via matriarcal. Isso passou, aos poucos, para a vida social. O que ainda é, hoje, visível em determinadas regiões onde esse sistema foi implantado antes do Segundo Milênio AC, como no centro e norte de Portugal (onde se formaram os celtiberos), no norte da Espanha, na Gália, nas Ilhas Britânicas (particularmente na Irlanda e na Ilha de Man), no Alto Danúbio (Boêmia e Baviera), i.e., o patriarcado ficou responsável pelos assuntos da Guerra enquanto o matriarcado pelos assuntos do Espírito, do Social e do Legislativo, que o mesmo é dizer: da Cultura.
Forte, o Oráculo da Voluspa era Lei geral. Enfim, a Mulher tornava-se Ser Humano gerando Civilização... E até formou uma fantástica corte guerreira, na Ásia, em meio à outra dissidência: um povo de mulheres que decidiu caminhar com suas próprias leis - as Amazonas. Na concepção d'olivetiana, a palavra compõe-se do radical mâs, conservado ainda no latim puro e reconhecível no francês antigo masle, no italiano maschio e no irlandês moth; esse radical, unido à negativa ohne forma a palavra mâs-ohne à qual se ligou o artigo fenício ha; a palavra ha-mâs-ohne significa as-que-não-têm-macho.
Ora, nesta estrutura encontramos a origem céltica e a moradia asiática. Até meados de 1997 falar d'as amazonas era falar, quase sempre, de uma lenda, apesar da extraordinária contribuição dos estudos d'olivetianos sobre esse povo. Em 1997 foram descobertas as tumbas, no Caucaso, onde muitas dessas guerreiras foram enterradas...A pesquisa arqueológica - neste caso como no caso d'os manuscritos do mar morto - é a principal arma da História contra a estupidificante estória oficial...! Foi feita homenagem a D'Olivet.
Os celtas entendiam que a terra comporta-se como um autêntico ser vivo, que nela a energia flui tal como nos meridianos de acupuntura de uma pessoa. Eles sabiam bem como se utilizarem meios de controlar essa energia em beneficio da vida, das colheitas e da saúde.
O grande desenvolvimento dos celtas foi no campo do como manipular a energia sem o envolvimento de tecnologia alguma, somente através da mente. Enquanto outros descendentes da Atlântida usaram instrumentos os migraram para o oeste europeu, dos quais bem tardiamente surgiu como civilização celta, usaram apenas pedras, na maioria das vezes sobe a forma de dolmens de menhires como Stonehenge (veja link).
Geralmente pedras eram usadas como meios para o desvio e canalização de energia. As construções megalíticas eram condensadores e drenadores de energia telúrica, com elas os descendentes da Atlântida criavam "shunts" nos canais de força telúrica, desviando-a para múltiplos fins.
Os Celtas chegaram a ter pleno conhecimento de que as forças telúricas podiam ser controladas pela mente, que a energia mental interagia com outros campos de forças, e que a energia mental podia direcionar aos canais, ou até mesmo gerar canais secundários de força. Sabiam o que era a energia sutil, e que podiam aumentá-la de uma forma significativa mediante certos rituais praticados em lugares especiais. Para isto escolhiam e preparavam adequadamente os locais ideais para suas cerimoniais sagradas.
A realização das cerimônias celtas não se prendia somente ao lugar, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas. Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refrações ao tocar coisas materiais, tal como ensina atualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.
Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la inutilmente e até mesmo da importância de tratá-la. Tal como um acupunturista trata uma pessoa quando o fluxo de energia não esta se processando de uma forma adequada, da mesma forma eles procediam com relação à "Mãe Terra".
Estabeleciam uma interação entre a energia a nível pessoal com a energia a nível planetário e também a nível sideral.
É todo esse conhecimento que está sendo liberado progressivamente. Agora que o homem moderno está começando a compreender que a terra foi dilapidada, atingida em sua integridade precisa urgentemente ser tratada vêm ressurgindo conhecimentos antigos, espíritos aptos estarão encarnando na terra para desenvolverem métodos precisos visando à correção dos males provocados. Assim é que estamos vendo o desenvolvimento da Radiestesia, da Rabdomância, do Feng Shui e de outras formas de atividades ligadas às energias que fluem na terra. Os princípios preconizados pela Permacultura serão aceitos progressivamente e a humanidade passo a passo irá se integrando a um sistema de vida holístico, segundo José Laércio do Egito.
Na realidade a corrente migratória atlante direcionada para a Europa Ocidental não primou pelo desenvolvimento tecnológico, ela não deu prosseguimento, por exemplo, à utilização ao desenvolvimento da ciência dos cristais como fonte de energia. Preferiram a utilização da energia inerente aos canais das forças telúricas mais simples. A geomância atual já era sobejamente conhecida dos Celtas que, por sua vez herdaram tais conhecimentos dos seus ancestrais remotos, (os Atlantes que tinham grande domínio sobre tais conhecimentos, segundo alguns pesquisadores), e mesmo assim de uma maneira não tecnológica.
Obs: Caso o leitor tenha alguma dúvida ou discordância em relação a este texto, por favor, entre em contato conosco, pois nosso intuito é e sempre será desmistificar em abordagens simples a rica e sagrada Cultura Celta que é de grande magnitude para a compreensão dos Antigos Mistérios e a razão principal da existência hoje do Site Mistérios Antigos.
Na realidade não se pode falar da Cultura Céltica sem se falar da Cultura Druídica, de Ceridwen e Taliesin, das Sacerdotisas da nossa Ilha de Avalon, do nosso Rei Arthur e a busca do Santo Graal...

Fonte: http://www.misteriosantigos.com/

A história de Lady Godiva

A lenda

Godiva era uma dedicada esposa, mas que, apesar do papel quase oculto das mulheres nesses tempos, não deixava de fazer, ou tentar, ver os problemas dos camponeses e a miséria em que estes viviam assim como outros assuntos similares.

A determinada altura das suas vidas, o casal resolveu criar uma abadia para receber pessoas que tivessem recebido a chamada da religião e que funcionava ainda como um centro cultural. O exterior da abadia foi escolhido pelos aldeões para as suas actividades de diversão, o que não pareceu aborrecer muito o casal, porque o que interessava era que estes estivessem entretidos e contentes. A abadia foi dedicada a Santa Eunice de Saxmundham, uma das primeiras mártires a morrer às mãos dos romanos.

Instalado na propriedade de Conventry, Leofric assumiu um papel crescente no governo e organização dos assuntos públicos da pequena vila. Ao mesmo tempo ficou com a responsabilidade dos assuntos financeiros devido ao crescimento desta. E surgiu-lhe a ideia de organizar esses assuntos com a ajuda de dinheiros públicos.

Entretanto, Godiva tinha-se tornado uma experiente amazona e adquirido o gosto por festas, artes e conhecimento.

Nos seus passeios equestres foi conhecendo melhor a vida dos camponeses e teve pena da sua existência miserável em prol de meia dúzia de ricos proprietários. E foi desta forma que se apercebeu de que a maior parte da vida destas pessoas era dedicada ao esforço para conseguirem o seu sustento, algo para vestir e formas de se protegerem sob um teto de que material fosse. Antes de perceber a dura realidade, Godiva tentou levar às massas o gosto pela beleza e pela arte, sem muito sucesso, através da abadia que fundara com o marido.

A acrescentar a todos os problemas dos camponeses estavam os impostos que Leofric cobrava na sua megalomania de fazer mais e melhor por Conventry. Os impostos eram colocados sobre tudo o que ele pensasse, chegando ao ponto de existir mesmo um sobre o estrume vendido e usado nos campos.

Godiva decidiu então que os impostos teriam de baixar para melhorar a vida dos camponeses e para lhes poder proporcionar o acesso às artes. Mas a conversa que manteve com o marido acerca do assunto não lhe correu muito bem e este não aceitou a idéia de diminuir essa fonte de rendimentos. E para castigar a mulher, decretou ainda um imposto sobre todas as obras de arte, a maior parte pertença de Godiva, do qual apenas ficaram livres as igrejas.

Para castigá-lo por sua vez, Godiva começou uma guerra de sexo, e Leofric acabou por capitular e conceder algumas alterações e reduções nos impostos. Mas para isso, Lady Godiva teria de mostrar o máximo da arte de Deus, ou seja, o seu corpo nu nas ruas da vila, por onde desfilaria a cavalo em pleno meio-dia. Para sua surpresa ela aceitou desde que tivesse a sua permissão para fazê-lo. Estupefato com a sua coragem, Leofric decidiu ainda que se ela levasse esse ato em frente, levantaria todos os impostos sobre Conventry.

Foi escolhido um dia e toda a população aguardava em expectativa o corajoso acto.

Lady Godiva surgiu então, acompanhada a cavalo por duas criadas, estas vestidas normalmente, uma de cada lado da dama. Atravessando o mercado, Godiva mantinha a postura de sempre, relaxada e confiante. Não usava qualquer jóia ou ornamento excepto o seu longo cabelo que lhe escondia o corpo. Todos os que a viram diriam mais tarde que ela apresentava-se decente, e ninguém pensou jamais que estaria despida sob os cabelos. Esta é a versão da história considerada real que terá tido lugar a 31 de Maio de 1057, contada por Roger of Wendover na sua crônica e que providencia inúmeros pormenores acerca do assunto.

Vlad, o Empalador


Muitos já devem ter se perguntado de onde veio a lenda de Dracula. Bram Stoker, escritor inglês do séc.Muitos já devem ter se perguntado de onde veio a lenda de Dracula. Bram Stoker, escritor inglês do séc. XIX inspirou-se no personagem histórico Vlad III. Mas quem foi Vlad III? 
Vlad III foi o princípe da Wallachia, pequena monarquia que ocupava parte do território onde agora é a Romênia, no séc. XV.
Sobre a política monarquista da Wallachia... O trono da Walllachia era hereditário, porém não pela lei do primogênito. Os nobres tinham o direito de escolher entre os membros da família real quem seria o sucessor. A família real dos Basarab, fundada por Basarab, o Grande (1310-1352), dividiu-se por volta do final do séc. XIV. Os dois clãs resultantes, rivais entre si, foram formados pelos descendentes do Príncipe Dan e pelos descendentes do Príncipe Mircea, o Velho (avô de Vlad III). No séc. XV a Wallachia estava sob a influência da poderosa Turquia governada pelo Sultão Mohammed, o Conquistador, tendo que pagar tributo ao Sultão.
Sobre o nome Dracula... Existem duas teorias, ambas começando com a história do pai de Dracula, Vlad II, também conhecido como Vlad Dracul. A palavra "Drac" em moldávio significa "Diabo", e "ul" é um artigo definido. A tradução de "Dracul" seria "O Diabo"... Esse nome, como era de costume na época colocar um adjetivo ou nome depois do nome próprio da pessoa (bastar ver o primeiro parágrafo para exemplos), teria sido colocado por seus rivais políticos, devido ao seu governo extremamente rígido. A letra "a" colocada no final de um substantivo significa "filho". Dessa forma, "Dracula" significa "O Filho do Diabo", nome ganhado por Vlad III por ser filho de Vlad II.
A outra teoria, mais aceita pelos historiadores, seria sobre a consagração de Vlad II como Cavaleiro da Ordem do Dragão pelo Sagrado Imperador Romano Sigmundo de Luxemburgo, no ano de 1431. A Ordem do Dragão foi uma instituição católica fundada para lutar contra os Turcos. O Dragão era o símbolo do Diabo, portanto um significado alternativo para "Drac" seria "Dragão". O que faria de "Dracul" "O Dragão". Vlad III, sendo filho de Vlad II ganharia o nome "Dracula", ou "O Filho do Dragão". Vlad III também viria a ganhar o nome Tepes (pronuncia-se Tsepesh), que significa "O Impalador". O porquê desse nome será explicado mais adiante.
Sobre a vida de Vlad III
Dracula nasceu em 1431 em Sighisoara, cidade da Transilvânia. Naquela época, o pai de Dracula, Vlad II, estava exilado na Transilvânia. Vlad Dracul estava tentando conseguir apoio para seu plano de destronar o príncipe regente da Wallachia, do clã Danesti, Alexandru I. A casa onde Dracula nasceu ainda está de pé nos dias de hoje. Em 1431 estava localizada numa próspera vizinhança cercada pelas casas de mercadores saxões e magyares, e pelas casas dos nobres (Nota: essas casas geralmente eram utilizadas quando os nobres ficavam na cidade, pois os nobres moravam no campo). Sabe-se pouco sobre os primeiros anos da vida de Dracula. É sabido que ele teve um irmão mais velho chamado Mircea e um irmão mais novo chamado Radu. Sua educação primária foi deixada nas mãos de sua mãe, uma nobre da Transilvânia, e de sua família. Sua educação real começou quando em 1436 seu pai conseguiu clamar para si o trono wallachiano matando seu príncipe rival do Clã Danesti, Alexandru I. Seu treinamento foi o típico dado para os filhos da Nobreza pela Europa. Seu primeiro tutor no aprendizado para a Cavalaria foi dado por um guerreiro que lutou sob a bandeira de Enguerrand de Courcy na batalha de Nicolopolis contra os Turcos. Dracula aprendeu tudo o que era demandado a um Cavaleiro Cristão sobre guerra e paz.
A situação política na Wallachia continuou instável depois de Vlad Dracul ascender ao trono em 1436. O poder dos Turcos estava crescendo rapidamente enquanto cada um dos pequenos estados dos Balcãs se rendiam ao massacre dos Otomanos. Ao mesmo tempo o poder da Hungria estava atingindo seu apogeu e o faria durante o tempo de John Hunyadi, o Cavaleiro Branco da Hungria, e seu filho, o Rei Matthius Corvinus. Qualquer príncipe da Wallachia teria que balancear suas políticas precariamente entre esses dois poderosos países vizinhos. O príncipe da Wallachia era oficialmente um subordinado ao rei da Hungria. Também Vlad Dracul era um membro da Ordem do Dragão, tendo jurado lutar contra os infiéis. Ao mesmo tempo o poder dos Otomanos parecia não poder ser detido. Mesmo no tempo do pai de Vlad II, Mircea, o Velho, a Wallachia era forçada a pagar tributo ao Sultão. Vlad foi forçado a renovar esse tributo e de 1436 - 1442 tentou estabelecer um equilíbrio entre seus poderosos vizinhos. Em 1442 Vlad tentou permanecer neutro quando os Turcos invadiram a Transilvânia. Os Turcos foram vencidos e os vingativos húngaros, sob o comando de John Hunyadi forçaram Dracul e sua familia a fugir da Wallachia. Hunyadi colocou um Danesti, Basarab II, no trono wallachiano. Em 1443 Vlad II retomou o trono da Wallachia com suporte dos Turcos, desde que ele assinasse um novo tratado com o Sultão que incluiria não apenas o costumeiro tributo mas outros favores. Em 1444, para assegurar ao sultão de sua boa fé, Vlad mandou seus dois filhos mais novos para Adrianopla como reféns. Dracula permaneceu refém em Adrianopla até 1448. Em 1444 o rei da Hungria, Ladislas Poshumous, quebrou a paz e enviou o exército de Varna sob o comando de John Hunyadi num esforço para manter os Turcos longe da Europa. Hunyadi ordenou que Vlad II cumprisse seus deveres como membro da Ordem do Dragão e súdito da Hungria e se juntasse à crusada contra os Turcos. O Papa absolveu Dracul do compromisso Turco mas como político ainda queria alguma coisa. Ao invés de se unir às forças cristãs pessoalmente ele mandou seu filho mais velho, Mircea. Talvez ele esperasse que o sultão poupasse seus filhos mais novos se ele pessoalmente não se juntasse à crusada.
Os resultados da Crusada de Varna são bem conhecidos. O exército cristão foi completamente destruído na Batalha de Varna. John Hunyadi conseguiu escapar da batalha sob condições que acrescentaram pouca glória à reputação dos Cavaleiros Brancos. Muitos, aparentemente incluindo Mircea e seu pai, culparam Hunyadi pela covardia. Deste momento em diante John Hunyadi foi amargamente hostil em relação a Vlad Dracul e seu filho mais velho. Em 1447 Vlad Dracul foi assassinado juntamente com seu filho Mircea. Aparentemente Mircea foi enterrado vivo pelos burgueses e mercadores de Tirgoviste. Hunyadi colocou seu próprio candidato, um membro do clã Danesti, no trono da Wallachia. Recebendo a notícia da morte de Vlad Dracul, os Turcos libertaram Dracula e o apoiaram como seu candidato para o trono da Wallachia. Em 1448 Dracula conseguiu assumir o trono wallachiano com o suporte turco. Porém, em dois meses Hunyadi forçou Dracula a entregar o trono e fugir para seu primo, o prícipe da Moldavia, enquanto Hunyadi mais uma vez colocava Vladislav II no trono wallachiano.
Dracula permaneceu em exílio na Moldavia por três anos, até que o Príncipe Bogdan da Moldávia foi assassinado em 1451. O tumulto resultante na Moldavia forçou Dracula a fugir para a Transilvânia e buscar proteção com o inimigo da sua família, Hunyadi. O tempo era ideal; o fantoche de Hunyadi no trono wallachiano, Vladislov II, instituiu uma política a favor da Turquia, e Hunyadi precisava de um homem mais confiável na Wallachia. Consequentemente, Hunyadi aceitou a aliança com o filho de seu velho inimigo e colocou-o como candidato da Hungria para o trono da Wallachia. Dracula se tornou súdito de Hunyadi e recebeu os antigos ducados da Transivânia de seu pai, Faragas e Almas. Dracula permaneceu na Transilvânia, sob a proteção de Hunyadi, até 1456 esperando por uma oportunidade de retomar Wallachia de seu rival. Em 1453 o mundo cristão se chocou com a queda final da Constantinopla para os Otomanos. O Império Romano do Leste que existiu desde o tempo de Constantinho, o Grande e que por mil anos protegeu o resto dos cristãos do Islã não existia mais. Hunyiadi imediatamente planejou outro ataque contra os Turcos. Em 1456 Hunyadi invadiu a Sérvia Turca enquanto Dracula simultâneamente invadiu a Wallachia. Na Batalha de Belgrado Hunyadi foi morto e seu exército vencido. Enaquanto isso, Dracula conseguiu sucesso em matar Vladislav II e tomando o trono da Wallachia, mas a derrota de Hunyadi tornou a sua proteção por parte deste questinável. Por um tempo ao menos Dracula foi forçado a apoiar os Turcos enquanto solidificava sua posição. O reinado principal de Dracula se estendeu de 1456 a 1462. Sua capital era a cidade de Tirgoviste enquanto seu castelo foi erguido a uma certa distância nas montanhas perto do rio Arges. A maior parte das atrocidades associadas ao nome de Dracula tomaram lugar durantes esses anos. Foi também durante esse tempo que ele lançou seu próprio ataque contra os Turcos. Seu ataque foi relativamente bem sucedido inicialmente. Suas habilidades como guerreiro e sua bem conhecida crueldade fizerma dele um inimigo temido. Entretanto, ele recebeu pouco apoio do seu senhor feudal, Matthius Corvinus, Rei da Hungria (filho de John Hunyadi) e os recursos wallachianos eram muito limitados para alcançar algum sucesso contra o conquistador da Constantinopla. Os Turcos finalmente foram bem sucedidos em forçar Dracula a fugir para a Transilvânia em 1462. Foi reportado que a primeira esposa de Dracula cometeu suicídio pulando das torres do castelo de Dracula para as águas do rio Arges ao invés de se render aos Turcos. Dracula fugiu pelas montanhas em direção à Transilvânia e apelou para Matthius Corvinus por ajuda. Ao invés disso, o rei prendeu Dracula e o aprisionou numa torre. Dracula permanceu prisioneiro por 12 anos. Aparentemente seu aprisionamento não foi nem um pouco oneroso. Ele foi capaz de gradualmente ganhar as graças da monarquia húngara; tanto que ele conseguiu se casar e tornar-se um membro da família real (algumas fontes clamam que a segunda esposa de Dracula era na verdade a irmã de Matthius Corvinus). A política à favor dos Turcos do irmão de Dracula, Radu, o Belo, que foi o príncipe da Wallachia durante a maior parte do tempo que Dracula foi prisioneiro, provavelmente foi um fator importante na reabilitação de Dracula. Durante seu aprisionamenteo Dracula também renunciou à fé Ortodoxa e adotou o Catolicismo. É interessante notar que a narrativa russa dessas histórias, normalmente favoráveis a Dracula, indicavam que mesmo durante sua prisão Dracula não desistiu de seu passa-tempo preferido: ele costumava capturar pássaros e camundongos que ele torturava e mutilava - alguns eram decapitados, esfolados e soltos, e muitos eram impalados em pequenas lanças. O tempo exato do tempo de captura de Dracula é aberto para debates... Os panfletos russos indicam que ele foi prisioneiro de 1462 até 1474. Entretanto, durante esse tempo Dracula se casou com um membro da família real húngara e teve dois filhos que já tinham por volta de dez anos quando ele reconquistou a Wallachia em 1476. McNally e Florescu colocaram que o período de confinação de Dracula foi de 1462 a 1466. É pouco provável que um prisioneiro poderia se casar com um membro da família real. Correspondência diplomática durante o período em questão também parece apoiar a teoria de que o período real do confinamento de Dracula foi relativamente pequeno. Aparentemente nos anos entre sua libertação em 1474 quanto ele começou as preparações para a reconquista da Wallachia Dracula viveu com sua nova esposa na capital húngara. Uma anedota daquele período conta que um capitão húngaro seguiu um ladrão dentro da casa de Dracula. Quando Dracula descobriu os intrusos ele matou o capitão ao invés do ladrão. Quando Dracula foi questionado sobre suas atitutdes pelo rei ele respondeu que um cavalheiro não se apresenta a um grande governante sem as corretas introduções - se o capitão tivesse seguido a etiqueta não teria sofrido a ira do príncipe.
Em 1476 Dracula mais uma vez estava pronto para atacar. Dracula e o Príncipe Stephen Bathory da Transilvânia invadiram a Wallachia com uma força mista de transilvanianos, alguns burgueses wallachianos insatisfeitos e um contingente de moldávios enviados pelo primo de Dracula, Príncipe Stephen, o Grande da Moldavia. O irmão de Dracula, Radu, o Belo, havia morrido alguns anos antes e substituido por um candidato ao trono apoiado pelos Turcos, Basarab, o Velho, membro do clã Danesti. Enquanto o exército de Dracula se aproximava, Basarab e sua corte fugiram, alguns buscando proteção dos Turcos, outros para os abrigos das montanhas. Depois de colocarem Dracula de volta ao trono Stephan Bathory e as outras forças de Dracula voltaram à Transilvânia, deixando a posição tática de Dracula muito enfraquecida. Dracula teve muito pouco tempo para ganhar apoio antes de um grande exército Turco invadisse a Wallachia determinado a devolver o trono a Basarab. Aparentemente mesmo os plebeus, cansados das depredações do Impalador, abandonaram-o à sua própria sorte. Dracula foi forçado a lutar contra os Turcos com pequenas forças à sua disposição, algo em torno de menos de quatro mil homens.

Dracula foi morto em batalha contra os Turcos perto da pequena cidade de Bucareste em dezembro de 1476. Algumas fontes indicam que ele foi assassinado por burgueses wallachianos desleais quanto ele estava prestes a varrer os Turcos do campo de batalha. Outras fontes dizem que Dracula caiu vencido rodeado pelos corpos dos leais guarda-costas (as tropas cedidas pelo Príncipe Stephen da Moldavia permaneceram com Dracula mesmo após Stephen Bathory ter voltado à Transilvânia). Outra versão é a de que Dracula foi morto acidentalmente por um de seus próprios homens no momento da vitória. O corpo de Dracula foi decapitado pelos Turcos e sua cabeça enviada à Constantinopla onde o Sultão a manteve em exposição em uma estaca como prova de que o Impalador estava morto. Ele foi enterrado em Snagov, uma ilha-monastério localizada perto de Bucareste. XIX inspirou-se no personagem histórico Vlad III. Mas quem foi Vlad III?
Vlad III foi o princípe da Wallachia, pequena monarquia que ocupava parte do território onde agora é a Romênia, no séc. XV.
Sobre a política monarquista da Wallachia... O trono da Walllachia era hereditário, porém não pela lei do primogênito. Os nobres tinham o direito de escolher entre os membros da família real quem seria o sucessor. A família real dos Basarab, fundada por Basarab, o Grande (1310-1352), dividiu-se por volta do final do séc. XIV. Os dois clãs resultantes, rivais entre si, foram formados pelos descendentes do Príncipe Dan e pelos descendentes do Príncipe Mircea, o Velho (avô de Vlad III). No séc. XV a Wallachia estava sob a influência da poderosa Turquia governada pelo Sultão Mohammed, o Conquistador, tendo que pagar tributo ao Sultão.
Sobre o nome Dracula... Existem duas teorias, ambas começando com a história do pai de Dracula, Vlad II, também conhecido como Vlad Dracul. A palavra "Drac" em moldávio significa "Diabo", e "ul" é um artigo definido. A tradução de "Dracul" seria "O Diabo"... Esse nome, como era de costume na época colocar um adjetivo ou nome depois do nome próprio da pessoa (bastar ver o primeiro parágrafo para exemplos), teria sido colocado por seus rivais políticos, devido ao seu governo extremamente rígido. A letra "a" colocada no final de um substantivo significa "filho". Dessa forma, "Dracula" significa "O Filho do Diabo", nome ganhado por Vlad III por ser filho de Vlad II.
A outra teoria, mais aceita pelos historiadores, seria sobre a consagração de Vlad II como Cavaleiro da Ordem do Dragão pelo Sagrado Imperador Romano Sigmundo de Luxemburgo, no ano de 1431. A Ordem do Dragão foi uma instituição católica fundada para lutar contra os Turcos. O Dragão era o símbolo do Diabo, portanto um significado alternativo para "Drac" seria "Dragão". O que faria de "Dracul" "O Dragão". Vlad III, sendo filho de Vlad II ganharia o nome "Dracula", ou "O Filho do Dragão". Vlad III também viria a ganhar o nome Tepes (pronuncia-se Tsepesh), que significa "O Impalador". O porquê desse nome será explicado mais adiante.
Sobre a vida de Vlad III
Dracula nasceu em 1431 em Sighisoara, cidade da Transilvânia. Naquela época, o pai de Dracula, Vlad II, estava exilado na Transilvânia. Vlad Dracul estava tentando conseguir apoio para seu plano de destronar o príncipe regente da Wallachia, do clã Danesti, Alexandru I. A casa onde Dracula nasceu ainda está de pé nos dias de hoje. Em 1431 estava localizada numa próspera vizinhança cercada pelas casas de mercadores saxões e magyares, e pelas casas dos nobres (Nota: essas casas geralmente eram utilizadas quando os nobres ficavam na cidade, pois os nobres moravam no campo). Sabe-se pouco sobre os primeiros anos da vida de Dracula. É sabido que ele teve um irmão mais velho chamado Mircea e um irmão mais novo chamado Radu. Sua educação primária foi deixada nas mãos de sua mãe, uma nobre da Transilvânia, e de sua família. Sua educação real começou quando em 1436 seu pai conseguiu clamar para si o trono wallachiano matando seu príncipe rival do Clã Danesti, Alexandru I. Seu treinamento foi o típico dado para os filhos da Nobreza pela Europa. Seu primeiro tutor no aprendizado para a Cavalaria foi dado por um guerreiro que lutou sob a bandeira de Enguerrand de Courcy na batalha de Nicolopolis contra os Turcos. Dracula aprendeu tudo o que era demandado a um Cavaleiro Cristão sobre guerra e paz.
A situação política na Wallachia continuou instável depois de Vlad Dracul ascender ao trono em 1436. O poder dos Turcos estava crescendo rapidamente enquanto cada um dos pequenos estados dos Balcãs se rendiam ao massacre dos Otomanos. Ao mesmo tempo o poder da Hungria estava atingindo seu apogeu e o faria durante o tempo de John Hunyadi, o Cavaleiro Branco da Hungria, e seu filho, o Rei Matthius Corvinus. Qualquer príncipe da Wallachia teria que balancear suas políticas precariamente entre esses dois poderosos países vizinhos. O príncipe da Wallachia era oficialmente um subordinado ao rei da Hungria. Também Vlad Dracul era um membro da Ordem do Dragão, tendo jurado lutar contra os infiéis. Ao mesmo tempo o poder dos Otomanos parecia não poder ser detido. Mesmo no tempo do pai de Vlad II, Mircea, o Velho, a Wallachia era forçada a pagar tributo ao Sultão. Vlad foi forçado a renovar esse tributo e de 1436 - 1442 tentou estabelecer um equilíbrio entre seus poderosos vizinhos. Em 1442 Vlad tentou permanecer neutro quando os Turcos invadiram a Transilvânia. Os Turcos foram vencidos e os vingativos húngaros, sob o comando de John Hunyadi forçaram Dracul e sua familia a fugir da Wallachia. Hunyadi colocou um Danesti, Basarab II, no trono wallachiano. Em 1443 Vlad II retomou o trono da Wallachia com suporte dos Turcos, desde que ele assinasse um novo tratado com o Sultão que incluiria não apenas o costumeiro tributo mas outros favores. Em 1444, para assegurar ao sultão de sua boa fé, Vlad mandou seus dois filhos mais novos para Adrianopla como reféns. Dracula permaneceu refém em Adrianopla até 1448. Em 1444 o rei da Hungria, Ladislas Poshumous, quebrou a paz e enviou o exército de Varna sob o comando de John Hunyadi num esforço para manter os Turcos longe da Europa. Hunyadi ordenou que Vlad II cumprisse seus deveres como membro da Ordem do Dragão e súdito da Hungria e se juntasse à crusada contra os Turcos. O Papa absolveu Dracul do compromisso Turco mas como político ainda queria alguma coisa. Ao invés de se unir às forças cristãs pessoalmente ele mandou seu filho mais velho, Mircea. Talvez ele esperasse que o sultão poupasse seus filhos mais novos se ele pessoalmente não se juntasse à crusada.
Os resultados da Crusada de Varna são bem conhecidos. O exército cristão foi completamente destruído na Batalha de Varna. John Hunyadi conseguiu escapar da batalha sob condições que acrescentaram pouca glória à reputação dos Cavaleiros Brancos. Muitos, aparentemente incluindo Mircea e seu pai, culparam Hunyadi pela covardia. Deste momento em diante John Hunyadi foi amargamente hostil em relação a Vlad Dracul e seu filho mais velho. Em 1447 Vlad Dracul foi assassinado juntamente com seu filho Mircea. Aparentemente Mircea foi enterrado vivo pelos burgueses e mercadores de Tirgoviste. Hunyadi colocou seu próprio candidato, um membro do clã Danesti, no trono da Wallachia. Recebendo a notícia da morte de Vlad Dracul, os Turcos libertaram Dracula e o apoiaram como seu candidato para o trono da Wallachia. Em 1448 Dracula conseguiu assumir o trono wallachiano com o suporte turco. Porém, em dois meses Hunyadi forçou Dracula a entregar o trono e fugir para seu primo, o prícipe da Moldavia, enquanto Hunyadi mais uma vez colocava Vladislav II no trono wallachiano.
Dracula permaneceu em exílio na Moldavia por três anos, até que o Príncipe Bogdan da Moldávia foi assassinado em 1451. O tumulto resultante na Moldavia forçou Dracula a fugir para a Transilvânia e buscar proteção com o inimigo da sua família, Hunyadi. O tempo era ideal; o fantoche de Hunyadi no trono wallachiano, Vladislov II, instituiu uma política a favor da Turquia, e Hunyadi precisava de um homem mais confiável na Wallachia. Consequentemente, Hunyadi aceitou a aliança com o filho de seu velho inimigo e colocou-o como candidato da Hungria para o trono da Wallachia. Dracula se tornou súdito de Hunyadi e recebeu os antigos ducados da Transivânia de seu pai, Faragas e Almas. Dracula permaneceu na Transilvânia, sob a proteção de Hunyadi, até 1456 esperando por uma oportunidade de retomar Wallachia de seu rival. Em 1453 o mundo cristão se chocou com a queda final da Constantinopla para os Otomanos. O Império Romano do Leste que existiu desde o tempo de Constantinho, o Grande e que por mil anos protegeu o resto dos cristãos do Islã não existia mais. Hunyiadi imediatamente planejou outro ataque contra os Turcos. Em 1456 Hunyadi invadiu a Sérvia Turca enquanto Dracula simultâneamente invadiu a Wallachia. Na Batalha de Belgrado Hunyadi foi morto e seu exército vencido. Enaquanto isso, Dracula conseguiu sucesso em matar Vladislav II e tomando o trono da Wallachia, mas a derrota de Hunyadi tornou a sua proteção por parte deste questinável. Por um tempo ao menos Dracula foi forçado a apoiar os Turcos enquanto solidificava sua posição. O reinado principal de Dracula se estendeu de 1456 a 1462. Sua capital era a cidade de Tirgoviste enquanto seu castelo foi erguido a uma certa distância nas montanhas perto do rio Arges. A maior parte das atrocidades associadas ao nome de Dracula tomaram lugar durantes esses anos. Foi também durante esse tempo que ele lançou seu próprio ataque contra os Turcos. Seu ataque foi relativamente bem sucedido inicialmente. Suas habilidades como guerreiro e sua bem conhecida crueldade fizerma dele um inimigo temido. Entretanto, ele recebeu pouco apoio do seu senhor feudal, Matthius Corvinus, Rei da Hungria (filho de John Hunyadi) e os recursos wallachianos eram muito limitados para alcançar algum sucesso contra o conquistador da Constantinopla. Os Turcos finalmente foram bem sucedidos em forçar Dracula a fugir para a Transilvânia em 1462. Foi reportado que a primeira esposa de Dracula cometeu suicídio pulando das torres do castelo de Dracula para as águas do rio Arges ao invés de se render aos Turcos. Dracula fugiu pelas montanhas em direção à Transilvânia e apelou para Matthius Corvinus por ajuda. Ao invés disso, o rei prendeu Dracula e o aprisionou numa torre. Dracula permanceu prisioneiro por 12 anos. Aparentemente seu aprisionamento não foi nem um pouco oneroso. Ele foi capaz de gradualmente ganhar as graças da monarquia húngara; tanto que ele conseguiu se casar e tornar-se um membro da família real (algumas fontes clamam que a segunda esposa de Dracula era na verdade a irmã de Matthius Corvinus). A política à favor dos Turcos do irmão de Dracula, Radu, o Belo, que foi o príncipe da Wallachia durante a maior parte do tempo que Dracula foi prisioneiro, provavelmente foi um fator importante na reabilitação de Dracula. Durante seu aprisionamenteo Dracula também renunciou à fé Ortodoxa e adotou o Catolicismo. É interessante notar que a narrativa russa dessas histórias, normalmente favoráveis a Dracula, indicavam que mesmo durante sua prisão Dracula não desistiu de seu passa-tempo preferido: ele costumava capturar pássaros e camundongos que ele torturava e mutilava - alguns eram decapitados, esfolados e soltos, e muitos eram impalados em pequenas lanças. O tempo exato do tempo de captura de Dracula é aberto para debates... Os panfletos russos indicam que ele foi prisioneiro de 1462 até 1474. Entretanto, durante esse tempo Dracula se casou com um membro da família real húngara e teve dois filhos que já tinham por volta de dez anos quando ele reconquistou a Wallachia em 1476. McNally e Florescu colocaram que o período de confinação de Dracula foi de 1462 a 1466. É pouco provável que um prisioneiro poderia se casar com um membro da família real. Correspondência diplomática durante o período em questão também parece apoiar a teoria de que o período real do confinamento de Dracula foi relativamente pequeno. Aparentemente nos anos entre sua libertação em 1474 quanto ele começou as preparações para a reconquista da Wallachia Dracula viveu com sua nova esposa na capital húngara. Uma anedota daquele período conta que um capitão húngaro seguiu um ladrão dentro da casa de Dracula. Quando Dracula descobriu os intrusos ele matou o capitão ao invés do ladrão. Quando Dracula foi questionado sobre suas atitutdes pelo rei ele respondeu que um cavalheiro não se apresenta a um grande governante sem as corretas introduções - se o capitão tivesse seguido a etiqueta não teria sofrido a ira do príncipe.
Em 1476 Dracula mais uma vez estava pronto para atacar. Dracula e o Príncipe Stephen Bathory da Transilvânia invadiram a Wallachia com uma força mista de transilvanianos, alguns burgueses wallachianos insatisfeitos e um contingente de moldávios enviados pelo primo de Dracula, Príncipe Stephen, o Grande da Moldavia. O irmão de Dracula, Radu, o Belo, havia morrido alguns anos antes e substituido por um candidato ao trono apoiado pelos Turcos, Basarab, o Velho, membro do clã Danesti. Enquanto o exército de Dracula se aproximava, Basarab e sua corte fugiram, alguns buscando proteção dos Turcos, outros para os abrigos das montanhas. Depois de colocarem Dracula de volta ao trono Stephan Bathory e as outras forças de Dracula voltaram à Transilvânia, deixando a posição tática de Dracula muito enfraquecida. Dracula teve muito pouco tempo para ganhar apoio antes de um grande exército Turco invadisse a Wallachia determinado a devolver o trono a Basarab. Aparentemente mesmo os plebeus, cansados das depredações do Impalador, abandonaram-o à sua própria sorte. Dracula foi forçado a lutar contra os Turcos com pequenas forças à sua disposição, algo em torno de menos de quatro mil homens.

Dracula foi morto em batalha contra os Turcos perto da pequena cidade de Bucareste em dezembro de 1476. Algumas fontes indicam que ele foi assassinado por burgueses wallachianos desleais quanto ele estava prestes a varrer os Turcos do campo de batalha. Outras fontes dizem que Dracula caiu vencido rodeado pelos corpos dos leais guarda-costas (as tropas cedidas pelo Príncipe Stephen da Moldavia permaneceram com Dracula mesmo após Stephen Bathory ter voltado à Transilvânia). Outra versão é a de que Dracula foi morto acidentalmente por um de seus próprios homens no momento da vitória. O corpo de Dracula foi decapitado pelos Turcos e sua cabeça enviada à Constantinopla onde o Sultão a manteve em exposição em uma estaca como prova de que o Impalador estava morto. Ele foi enterrado em Snagov, uma ilha-monastério localizada perto de Bucareste.  

Uma taça feita de um crânio humano


Não recues! De mim não foi-se o espírito...
Em mim verás - pobre caveira fria -
Único crânio que, ao invés dos vivos,
Só derrama alegria.

Vivi! amei! bebi qual tu: Na morte
Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes! empina-me!... que a larva
Tem beijos mais sombrios do que os teus.

Mais vale guardar o sumo da parreira
Do que ao verme do chão ser pasto vil;
- Taça - levar dos Deuses a bebida,
Que o pasto do réptil.

Que este vaso, onde o espírito brilhava,
Vá nos outros o espírito acender.
Ai! Quando um crânio já não tem mais cérebro
...Podeis de vinho o encher!

Bebe, enquanto inda é tempo! Uma outra raça,
Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te livrar da terra,
E ébria folgando profanar teus ossos.

E por que não? Se no correr da vida
Tanto mal, tanta dor ai repousa?
É bom fugindo à podridão do lado
Servir na morte enfim p'ra alguma coisa!...


Escrito por: Lord Byron
(Tradução de Castro Alves)

Estâncias para Música




Alegria não há que o mundo dê, como a que tira.
Quando, do pensamento de antes, a paixão expira
Na triste decadência do sentir;
Não é na jovem face apenas o rubor
Que esmaia rápido, porém do pensamento a flor
Vai-se antes de que a própria juventude possa ir.
Alguns cuja alma bóia no naufrágio da ventura
Aos escolhos da culpa ou mar do excesso são levados;
O ímã da rota foi-se, ou só e em vão aponta a obscura
Praia que nunca atingirão os panos lacerados.
Então, frio mortal da alma, como a noite desce;
Não sente ela a dor de outrem, nem a sua ousa sonhar;
toda a fonte do pranto, o frio a veio enregelar;
Brilham ainda os olhos: é o gelo que aparece.
Dos lábios flua o espírito, e a alegria o peito invada,
Na meia-noite já sem esperança de repouso:
É como na hera em torno de uma torre já arruinada,
Verde por fora, e fresca, mas por baixo cinza anoso.
Pudesse eu me sentir ou ser como em horas passadas,
Ou como outrora sobre cenas idas chorar tanto;
Parecem doces no deserto as fontes, se salgadas:
No ermo da vida assim seria para mim o pranto


Escrito por: Lord Byron

Elizabeth Bathory – Uma vampira real!

A historia de Elizabeth começa em 1560. Seu castelo se encontrava em Cachtice, cidade situada na Slovakia. Também passou parte de sua vida em Viena, onde tinha uma mansão próxima do palácio real, no centro da cidade.
Ali Elizabeth fez construir uma jaula de ferro, dentro da qual torturava as jovens donzelas.
Entre seus familiares havia numerosos antecedentes de práticas de magia negra e satanismo. Aliás seu irmão Stephem e sua tia, ambos de marcada tendência homossexual, foram conhecidos libertinos, além disso, deve-se citar o caso de sua antepassada Cara Báthory que além de praticar todo tipo de aberrações sexuais, envenenou seu próprio marido.
Aos onze anos, como era costume entre algumas famílias, Elizabeth foi prometida para Ferenc Nadasdy, filho de outra família aristocrática húngara. Foi viver com a família de Ferenc, no sombrio castelo de Csejthe.
Ali gostava de manter intimidades com outros moços, chegando a engravidar de um deles. Devido a este incidente aos 13 anos, teve o filho em segredo e este lhe foi tomado, casando-se dois anos depois com Ferenc Nadasdy.
Ferenc, posteriormente conhecido como "O Cavaleiro Negro" por suas proezas como general no campo de batalha, era tão cruel como sua mulher.
Esteve a maior parte de seu matrimônio lutando contra os turcos e quando voltava para casa, distraia-se torturando os prisioneiros...
De fato Ferenc ensinou várias técnicas de tortura a Elizabeth. Uma das técnicas de tortura preferidas por Elizabeth era introduzir finas agulhas sob as unhas de suas servas, ou simplesmente, cravá-las em sua pele.
Também diziam que se divertia dando chaves ou moedas aquecidas ao fogo para queimar as mãos dessas moças, ou as atirava nuas na neve para então encharcá-las com água fria e deixá-las ali até morrerem congeladas.
 Conta-se que Ferenc ensinou a Elizabeth como manter a disciplina de suas donzelas às custas dessas torturas.

Por Ferenc estar sempre fora de casa, Elizabeth buscou o consolo de numerosos amantes, e de ambos os sexos. Aborrecia-se facilmente com todos e vivia buscando novos divertimentos.
Depois da morte de seu marido em 1604, iniciou obsessivamente certas práticas de bruxaria.
Esta experiência deu à Elizabeth liberdade e criatividade para desenvolver suas próprias perversões. Segundo registros da justiça de 1611, Elisabeth foi presa por atear fogo aos pelos púbico de uma de suas criadas, mas rapidamente foi solta, já que era uma “condensa”.
A origem da história sobre sua utilização de sangue para fins cosméticos se deu num dia em que, depois de dar uma violenta bofetada numa criada que a estava penteando, esta começou a sangrar e seu sangue salpicou na mão da condessa.
Ela então convenceu-se de que a pele onde havia caído o sangue rejuvenesceu e, a partir daí, começou a tomar banhos de sangue humano para manter sua juventude e beleza eternamente.
Depois dessa macabra experiência cosmética começou uma orgia desenfreada de assassinatos que se prolongou por dez anos, durante os quais seus criados saiam à caça de jovens virgens da região, quando não era ela mesma que as atraia ao castelo com a promessa de emprego.Citam mais de seiscentos e cinquenta assassinatos durante esse período. No castelo as moças eram encarceradas nas masmorras à espera de serem degoladas para que seu sangue enchesse a banheira da cruel condessa.
Um dia em que a condessa esteve doente de cama, mandou que lhe trouxessem uma jovem donzela para fazer-lhe companhia, mas quando a moça se aproximou a condessa avançou sobre ela cravando-lhe os dentes no pescoço e no tronco arrancando-lhe pedaços de carne, o que inspirou os autores de romances sobre vampiros anos mais tarde.
Chegou um momento em que guardar tal número de corpos vitimados pela condessa no castelo era um grande problema. Inicialmente a condessa queria que os corpos fossem deixados sob as camas, mas o cheiro era tão insuportável que alguns empregados tomaram a iniciativa de levar esses corpos para um campo nas imediações da cidade.
E foi exatamente esse esparramo de corpos sem sangue que levaram as pessoas a acreditarem na existência de vampiros.
Madame Bathory era mais rica que o próprio Rei Mathias II. Por causa disso, quanto chegaram notícias do que estava ocorrendo no castelo da condessa, o rei decidiu atuar de imediato, motivado até por razões económicas (ou despeito).
Consideraram Bathory culpada de bruxaria e todas suas posses passariam directamente ao rei.
Entretanto, o conde Thurzo, encarregado do processo contra a condessa, era um grande amigo da família Bathory e acabou fazendo um trato com ela, condenando à morte com terríveis torturas seus cúmplices, e ela própria acabou sendo condenada à prisão perpétua no castelo de Esei.
Morreu aos 54 anos, segundo as informações que pesquisei ficou 4 anos presa.
Inúmeros documentos demonstram a união entre a família Bathory e a família de Vade Tepes, "O Conde Drácula". De fato, um membro da família Bathory, Stephem Bathory, encabeçou o movimento que devolveu a "Drácula" ao trono em 1476.
Ai está, ela e família tiveram todas as chances e recursos para incutir enormes sofrimentos as pessoas, e não desperdiçaram a chance, seguiram suas vidas torturando por prazer, bebendo sangue humano, tomando banho e fazendo rituais satânicos.
Mesmo depois de “passar dos limites” (por que ela começou a matar as jovens de outros nobres), ela própria (Elizabeth) foi tratada com muito respeito e no máximo foi presa no próprio palácio em que residia, o que é estranho... sei lá, se ela na verdade deixou uma inocente lá pagando a pena por ela, e partiu para outras cidades onde continuou com suas “diversões” sádicas. 


Castelo de Elizabeth Bathory (nos dias de hoje, ponto turístico)
texto de Moraes
    




  Fotos reais da condessa Elizabeth Bathory